Um simplório exemplo do que é a Vida
Primeiramente pense que a vida é um caminho. E que os seus fenômenos se apresentam como um tênis. Dores, sorrisos, perdas, encontros, surpresas, acontecimentos, lembranças. Todos têm, todos usam... Algo importante para a nossa condição.
Imagine agora que todos do mundo recebam um par de tênis. Iguais. Ordinários. Sem nenhum atrativo que os façam bonitos, chamativos e únicos. A maioria das pessoas pegam e os colocam sem ver o que podem fazer para deixá-los com um pouco de si. Essas não percebem a importância de estarem com os pés protegidos em um caminho que não sabem o que as reserva no próximo passo: Um buraco, uma pedra, o silêncio. Isso é mais comum do que eu consigo supor...
Outros, popularmente conhecidos como minorias, preferem transformar seus tênis algo totalmente eles. Mudam o cadarço, pintam os espaços brancos com caneta, colocam coisas nunca imaginadas neles. Desenham, escrevem mensagens, frases, seus nomes. Fazem de tudo naquilo que parece nada. Mas para fazer isso é preciso ficar descalço e isso não é muito fácil. Sentir o chão, se machucar com as pedras, cansar mais rápido e por isso ter que parar mais vezes no decorrer do caminho que nos obriga a oferecer mais do que nós temos. No começo tudo é muito ruim, muito doloroso e não sei se isso os torna mais fortes, insensíveis a dores e incômodos. Eu só sei que isso os mudam de uma maneira que os deixam mais habituados com as feridas, com os imprevistos e tudo o que está escondido nas curvas dessa caminhada que todos fazemos. Cada ferida é sentida como se fosse a primeira de uma pele que ainda é virgem, inocente do sangue que o chão chama com tamanho encanto. Mas isso os deixam ver que as únicas coisas que podem mudar suas realidades são eles mesmos. Que por mais que se machuquem sempre vão sentir dor, haver feridas, mas que isso não é o mais importante, e sim, mudarem o seu tênis da melhor e mais divertida maneira que conseguirem. Para que dessa maneira possam caminhar deixando cair passos que tem um pouco de si mesmos, nisso que chamamos de Vida!
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