Em meu coração
Suas palavras são tão importantes que eu as guardo sob meu coração. Mas você não pode vê-lo, por isso não sabe a maneira que tento desenhá-las lindamente como saem de sua voz. Eu estou tentando, mas ninguém sabe como é ter as mãos frias como as correntes que me prendem nesse chão intocado pelos meus pés. Não sou o primeiro, muito menos o último que terá justificativas vagas que tanto preenchem a minha falta de certeza. Eu quero ter apenas uma confiança; quero saber como os anjos se tocam nos lábios; como o horizonte suporta o peso do brilhante sol sobre seu corpo fino e distante; como a lagarta se torna borboleta dentro de si mesma. É tudo tão alto para mim que não tenho asas e mesmo que você tente me erguer, os meus pensamentos ainda permanecerão nas sombras. Isso não descolore o amor que tenho por você, apenas mostra que tenho medos. E que não sei superá-los.
Linhas que formam meu rosto no espelho dos seus olhos me tornam sólido o bastante para me sentir. São elas que me dão um nome e fazem com que eu sinta que ainda moro neste corpo. Você me diz para desfazer as linhas, esquecer as letras que formam o meu nome, porque delas nascem a minha decadência. Mas sem elas, toda essa destruição estaria perdida; eu não saberia quem sou. Para você, as coisas não são tão claras assim e eu sei que não descobri o meu caminho, mas quero apenas encontrar a lama que se molde melhor aos meus passos.
Nas vezes em que sangrei com suas respostas para as perguntas nunca feitas; em que me senti embaraçado demais vendo o jeito simples que você e todos conseguem quebrar as regras que nunca existiram, vi o luar banhado de tristeza e verdade. Já não sei se penso sentimentos ou sinto pensamentos; por mais que eu seja sozinho, nós sabemos que lá fora há outras tantas lágrimas e sorrisos que se sentem como eu. Mesmo assim ouço como únicos os meus sussurros, tão fracos quando são abraçadas pelos seus gritos silenciosos. De onde estou, eles parecem certos, mas muito reais para os meus sonhos. Eu sou o mesmo ciclo, procurando por razões que nem ao menos sei onde estão e você quer me salvar desse sono que me assombra. Eu tentarei abrir os olhos sem que a luz os machuquem, mas peço apenas que espere até que ela se torne um pouco mais calma. E eles um pouco mais claros.
Linhas que formam meu rosto no espelho dos seus olhos me tornam sólido o bastante para me sentir. São elas que me dão um nome e fazem com que eu sinta que ainda moro neste corpo. Você me diz para desfazer as linhas, esquecer as letras que formam o meu nome, porque delas nascem a minha decadência. Mas sem elas, toda essa destruição estaria perdida; eu não saberia quem sou. Para você, as coisas não são tão claras assim e eu sei que não descobri o meu caminho, mas quero apenas encontrar a lama que se molde melhor aos meus passos.
Nas vezes em que sangrei com suas respostas para as perguntas nunca feitas; em que me senti embaraçado demais vendo o jeito simples que você e todos conseguem quebrar as regras que nunca existiram, vi o luar banhado de tristeza e verdade. Já não sei se penso sentimentos ou sinto pensamentos; por mais que eu seja sozinho, nós sabemos que lá fora há outras tantas lágrimas e sorrisos que se sentem como eu. Mesmo assim ouço como únicos os meus sussurros, tão fracos quando são abraçadas pelos seus gritos silenciosos. De onde estou, eles parecem certos, mas muito reais para os meus sonhos. Eu sou o mesmo ciclo, procurando por razões que nem ao menos sei onde estão e você quer me salvar desse sono que me assombra. Eu tentarei abrir os olhos sem que a luz os machuquem, mas peço apenas que espere até que ela se torne um pouco mais calma. E eles um pouco mais claros.
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