Fé, Esperança e Amor
Quebrei os templos
por dentro,
Insultei os meus
deuses,
Mas eles ainda me
amam
Eles ainda me
cuidam
O que querem,
eles, de mim?
Se destruir as
sagradas casas
Não os fazem me
entregar a Ira,
O que mais devo
fazer para consegui-la?
As pontas da Vida
nunca ficam soltas
A serpente nunca acaba
de se engolir
A roda nunca se
descansa do girar
Eu saio dos deuses,
Mas os deuses não
saem de mim.
Um chão infinito
se joga no meu interior;
Tudo se rasga como
a nuvem em boca infante...
Eu os vejo!
Então a Água me
enterra
A Terra me sopra
O Fogo me molha
E o Ar me queima
Até que eu
encontre a Luz
O brilho toca
notas com a minha alma
E nas chaves, se
revelam muitas cores
À sua direita, Fé, Esperança e Amor
Enquanto, agora,
descanso à minha esquerda
E eu tenho medo
Como o medo me tem,
Mas eu o sorrio
Como ele me sorri.
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