Epicentro
Por
um curto e também longo período,
Sou
o umbigo do mundo
E
sinto as ansiosas ondas cavalgando sobre mim.
Um
animal selvagem me consome: –– É o perigo chegando!
Mas
eu não sei o quem, nem o que, apenas o agora.
Torna-me
vassalo de um senhor que não é outro,
Mas
é todo e limite; uma matéria que não é pedra, mas carne.
Surjo,
então, como hipocentro do meu próprio corpo e, de repente, a Pangeia se divide
Entre
o desespero e a vergonha, a luta e o medo, a queda e o vexame.
Este
não sou eu: os gritos que escapam se emprestam do meu organismo, mas não sou eu
quem
[grita
Apesar
de estarem próximos, ninguém acredita em mim,
Oferecendo
uma ou duas gargalhadas pontiagudas em silêncio.
É
nesses ensejos que eu queria ser um passarinho singelo
Abrir
as asas sem causar muitas tempestades nos outros lados da vida...
Não
sou... E mesmo com o desejo de escapar, desviar sem ver a quem,
São
os pequenos pesos dos sonhos futuros, frágeis como a promessa do amanhã,
Que permitem que a
destruição me volva o solo para os dolorosos tremores.
a gota foi pra representar como uma matéria pode se comportar como uma onda, mesmo sendo duas coisas totalmente distintas?
ResponderExcluirÉ uma interessante forma de interpretar, ainda mais se imaginarmos a relação mente-corpo e como ela pode, ao mesmo tempo, lidar com coisas distintas, uma sendo onda e outra matéria, e/ou com coisas idênticas, as duas se comportando como matéria ou onda. Um bom direcionamento, o seu!
ResponderExcluirObs.: peço desculpas pela demora da resposta.